quinta-feira, 1 de abril de 2010

O Professor Olivier Mongin fala da cidade na hora da mundialização na UFBA

Professor Olivier Mongin
Prof. O.Mongin e Chantal Spielmann
Professora Elsa Kraychete
fotos I.Kirsch

O Instituto de Humanidades, Artes e Ciências e o SCAC Salvador receberam dia 30 o Professor Olivier Mongin, antropólogo e filósofo, para uma palestra inédita sobre a cidade na hora da mundialização.

A palestra contou com a presença do Professor Sérgio Farias, diretor adjunto do IHAC, da Professora Elsa Kraychete e do Professor Djalma Thürler, co-organizadores do evento com o SCAC Salvador.

Em sua palestra, Olivier Mongin analisou as tendências que pesam no desenvolvimento das cidades hoje e as dificuldades que elas encontram no seu crescimento. Como a arquitetura cria práticas urbanas mais democráticas? Como habitamos em um lugar? Como organizar o espaço para viver bem?
Eis são as perguntas básicas discutidas hoje na reflexão sobre o crescimento das cidades no mundo.
O professor citou o exemplo de Brasília que existe por conta de um gesto político. A cidade necessita dos gestos políticos. O gesto político é necessário para viver junto.
Convidou a refletir sobre a importância do local, da paisagem, particularmente quando é forte, como em Salvador por exemplo. Como valorizar a paisagem que existia antes da cidade? Como criar e valorizar espaços públicos que são um bem coletivo?

O público, de mais de 130 pessoas, essencialmente composto de estudantes em comunicação, urbanismo e arquitetura e de profissionais da área, apontou a questão do papel do Estado na organização da cidade e a formação de bairros autônomos que ameaçam virar guetos, questões que dizem respeito a todo cidadão.

Camus em Salvador: O Estrangeiro dirigido por Vera Holtz

D.Vilhena, A.Paolilo, V.Holtz, I.Kirsch, G.Leme/foto A.Gondim
Guilherme Leme/foto A.Gondim
Guilherme Leme/foto A.Gondim


O Mês do Teatro trouxe para Salvador o texto francês O Estrangeiro no Teatro do SESC Pelourinho lotado.

O Estrangeiro é o romance mais conhecido de Albert Camus. A adapatação do texto de Camus para teatro, cuja direção sensível e inteligente de Vera Holtz, traz para a plateia a tragédia de um homem que perdeu a mãe, mata um homem e acaba sendo condenado por conta de sua atitude honesta, inadequada com o que a sociedade espera. Sozinho no palco, Guilherme Leme, encarna com sinceridade e talento Meursault, o protagonista e narrador do romance, um homen sincero, lúcido, honesto e profundamento solitário. Estrangeiro ao mundo por conta do seu ideal absoluto de verdade.