domingo, 10 de outubro de 2010

Etnólogo Jean-Yves Loude ministra seminário na UFBA

Jean-Yves Loude


I.Kirsch, JY. Loude, V.Lièvre, D.Lemos
fotos Irène Kirsch

Cabo Verde
Cabo Verde
Cabo Verde
Cabo Verde
São Miguel
São Tome e Principe
São Tome e Principe
São Tome e Principe
Tchiloli
Tchiloli
Tchiloli
fotos Viviane Liève
O Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da UFBA (IHAC) e o SCAC Salvador, com apoio da Région Rhône-Alpes receberam o etnólogo, escritor e viajante Jean-Yves Loude para dois seminários O encontro da África e da Europa e Pepitas brasileiras dias 4 e 5 de outubro.

Durante dois dias, Jean-Yves Loude comunicou para a plateia seu entusiasmo de criança e suas descobertas fora dos caminhos oficiais sobre a África e o Brasil. Tocou música, apresentou seus livros, mostrou fotos de sua parceira e esposa, Viviane Lièvre e acima de tudo contou histórias maravilhosas. Durante duas tardes, voltamos a infância e nos transformamos em exploradores da alma humana.
Jean-Yves, obrigada por essas viagens inéditas.

Durante vinte anos, Jean-Yves Loude e sua mulher, Viviane Lièvre, ambos etnólogos, percorreram os países africanos de língua portuguesa. Da efervescência musical em Cabo-Verde ao teatro ritual nas ilhas de São Tomé e Príncipe, do Mali medieval a Lisboa, cidade negra, eis o longo caminho de um escritor viajante a procura da resistência das culturas populares. Nas suas narrativas de viagem, o escritor e etnólogo Jean-Yves Loude dirige investigações quase policiais sobre as consequências imprevistas das Grandes Descobertas portuguesas e salientam a emergência de várias culturas nascidas entre povos oriundos das bodas brutais da Europa com a África.

Após anos de viagem pela África chegou a hora dessas buscas prosseguirem no Brasil, cuja notória vitalidade provém, em grande parte, da impetuosa vontade de sobreviver sentida por milhões de Africanos e seus descendentes submetidos à escravidão durante séculos. Mais uma vez, Jean-Yves Loude e Viviane Lièvre resolvem viajar por trás da fachada da História oficial e da muralha dos preconceitos redutores, ao encontro dessa criatividade dos Afro-descendentes.
Jean-Yves Loude publicou mais de quarenta livros, muitos dos quais na editora Actes Sud.