terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Bolsas na França Ciências sem Fronteiras

Com a adesão da França ao programa brasileiro Ciência sem Fronteiras, 10 mil vagas em 4 anos foram disponibilizadas no ensino superior francês a estudantes brasileiros. Estão abertas as candidaturas nas modalidades Graduação-Sanduíche (até 15/1/2012), Doutorado-Sanduíche ou Pleno e Pós-Doutorado (até 17/2/2012).

Por outro lado, o programa oferece também bolsas no Brasil. Candidaturas nas modalidades "Atração de Jovens Talentos" e "Pesquisador Visitante Especial" podem ser enviadas até 15/2.

Maiores informações
http://www.comunidadefb.com.br/web/index_not.php?p=8659
http://www.campusfrance.org/fr/actualite/programme-bresilien-%E2%80%9Cscience-sans-frontieres%E2%80%9D

sábado, 17 de dezembro de 2011

Bolsa de formação na França para professoras da Bahia e do Sergipe

Kely Krause

A Embaixada da França no Brasil e a Federação Brasileira de Professores de Francês (FBPF) contemplaram dez professores de francês no Brasil, sendo duas prodessoras da Bahia, com uma Bolsa concedida pelo governo francês/Embaixada da França no Brasil, para fazer uma formação na França, no Centre de Linguistique Appliquée da Université de Franche Comté, em gerência de vida associativa (formation de cadres associatifs), de 10 dias em dezembro, logo antes de Natal.

Esse estágio tem como objetivo capacitar responsáveis de associações de professores de francês na administração, gestão, desenvolvimento, comunicação das associações.

Da Bahia, Kely Krause (APFEBA) e, do Sergipe, Jocilene Santana Prado (APFSE) participam da formação.

Kely Krause, formada pela UNEB em Português e Francês, trabalha com jovens no ensino médio e estudantes de toda idade no curso de extensão (CELF) da UFBA, na UNEB e na ONG Pierre Bourdieu. Ministra aulas de vários níveis, iniciante e avançado.

Estuda francês há quinze anos. Participa ainda do curso de especialização Didática do FLE e vozes da Francofonia na UEFS em Feira de Santana. Também estuda via TV5, o canal francófono. Assiste muito o jornal nacional francês, Questions pour un Champion e C’est pas sorcier. Kely sempre amou estudar história, teatro e literatura. Percebi o grande legado deixado pela cultura francesa e comecei a desejar conhecer mais de perto o universo da Francofonia.
Já estive em Paris rapidamente. Penso que desta vez terei tempo para apreciar a cidade LUZ, será interessante aprender algo novo, quero interagir com os organizadores do estágio e com os colegas de outros Estados. Espero que eu seja produtiva com relação ao lado profissional e pessoalmente espero ter a oportunidade de conhecer certos lugares que fazem parte dos meus sonhos: o Louvre, a Catedral de Notre Dame e o Arco do Triunfo. Já, fui à Martinica, um lugar realmente especial para mim e onde tive a oportunidade de conhecer pessoalmente alguns escritores relevantes para o universo de meus estudos: Aimé Cesaire, Jean Bernabé, Raphaël Confiant, e entre eles um brasileiro, José Carlos Chaves da Cunha.

Jocilene Santana Prado, é mestranda na Universidade Federal de Sergipe. Estuda francês há mais ou menos 17 anos. Escolheu o francês inicialmente, pela musicalidade da língua e por seu valor cultural.
É a segunda viagem à França de Jocilene. A primeira foi pela bolsa Profs en France em 2007. As expectativas são as melhores possíveis: aprender, entrar em contato com outras pessoas que trabalham nas associações para trocar experiências. Quer aprender mais a gerir uma associação nesse contexto tão adverso e motivar cada vez mais os futuros professores, sobretudo.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Assistentes brasileiros de língua portuguesa na França

O objetivo do Programa de professores assistentes de português na França é oferecer uma oportunidade a estudantes brasileiros de se familiarizar com a língua e a civilização francesas e de enriquecer o seu percurso pessoal e profissional.

Este programa é aberto a todos os estudantes universitários brasileiros, de 20 a 30 anos de idade, regularmente inscritos em um curso na área de letras ou de ciências humanas no Brasil – graduação (licenciatura ou bacharelado) – no momento da partida para a França, que tenham completado pelo menos dois anos de estudos superiores e que possuam um bom conhecimento da língua francesa (nível B1 do CECR – Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas).

Durante a vigência do contrato, os assistentes possuem o status de funcionários temporários do Estado francês. Se desejarem, podem ali prosseguir seus estudos, em complemento a suas obrigações profissionais. Neste caso, cabe a cada interessado fazer o necessário para solicitar sua inscrição universitária na qualidade de ouvinte.

Inscrições
Os dossiês podem ser retirados pela internet a partir do endereço
http://www.ciep.fr/assistantetr/pays/bresil.php

Designações
Para o ano letivo de 2012-2013, ficou assim definida a duração da permanência dos assistentes:
- os assistentes designados para o curso primário serão nomeados por um período de 7 meses, de 1° de outubro de 2012 a 30 de abril de 2013;
- os assistentes designados para o curso secundário serão nomeados por um período de 7 meses, de 1° de outubro de 2012 a 30 de abril de 2013;

Carga horária e o salário
12 horas semanais, salário mensal bruto: 964,88 euros (líquido: cerca de 796 euros mensais)

Data limite de recepção dos dossiês 08/01/2012 para as candidaturas em Salvador (BA, SE, AL)
Ana Maria Franco Teles : (71) 3115-9195, scacsalvador@hotmail.com
Secretaria de Estado da Educação – SCAC França
6ª Avenida, nº 600 – 1° andar sala 111
Centro Administrativo da Bahia – 41745-900 SALVADOR / BA

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A gestão do Musée Rodin em Paris e Meudon, por Aline Magnien

Aline Magnien
fotos Irène Kirsch

Durante sua visita a Salvador, Aline Magnien, Conservadora Geral do Musée Rodin de Paris explicou algumas coisas da gestão do Musée Rodin em Paris e Meudon e respondeu as perguntas do público composto por mais de 50 pessoas.

O Musée Rodin, localizado no Hôtel Biron e na Villa Brillant em Meudon (reserva técnica e dos moldes) nasceu em 1919 da vontade do artista, Rodin, ao morrer fez do Estado seu herdeiro moral, a quem doou seus bens, obras de sua criação e coleção pessoal.

O Musée Rodin organiza em média duas exposições de 3 a 4 meses por ano. Cada exposição é concebida por um curador científico, as vezes numa co-curadoria (exposição Henry Moore e Rodin por exemplo) e desenhada por um museógrafo diferente. Na programação das exposições, a direção tem em mente um equilíbrio entre os conteúdos, mais científicos ou mais populares (Rodin e Matisse, Camille Claudel) e a bilheteria gerada pelas entradas. As exposições podem circular, Rodin e a fotografia viajou pelo Brasil em 2009, em São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte. A circulação na França permite a mutualização das despesas, da museografia e do catálogo.

A exposição A invenção da obra (2011) questiona a noção de obra prima, a evolução da noção de obra, sob os olhares dos historiadores e dos artistas contemporâneos. Se trata também a questão da repetição e da reprodução muito presente no século XX. Assim ao lado de obras de Rodin, o público pode ver obras de Bruce Nauman, Marcel Duchamp ou Marcel Broodthaers.

O Musée Rodin vive de seus próprios recursos, com o direito de fundir e vender obras de Rodin. O Musée Rodin também vende reproduções em resina, objetos e livros na sua butique e aluga seus espaços para eventos de prestígio. O Musée Rodin não é subvencionado pelo Estado. Ele tem que se posicionar sobre um palco concorrencial em Paris e diversificar sua oferta, atrair seu público.

Em média, O Musée atrai 750 000 visitantes por ano, ele é o terceiro museu mais visitado da França.

Aline Magnien é formada em letras e Doutora em História das Artes (Université Paris-X-Nanterre). É Conservadora Geral do Patrimônio, Chefe do Inventário Geral de Picardie e, desde 2008, Diretora das Coleções do Musée Rodin em Paris.

Mesa redonda A literatura em questão na UEFS

O NELCFAAM
Núcleo de Estudos em Literaturas e Culturas franco-afro-americanas
convida para a mesa redonda A literatura em questão

Karine Rouquet-Brutin
Université Denis Diderot – France
Voix, images et pensée de la diversité chez les écrivains créoles antillais

Rémi Astruc
Université de Cergy-Pontoise, France
Pouvoir de la fiction contre puissance des stéréotypes
Coordenação: Humberto de Oliveira (UEFS)

LOCAL: AUDIT. III Módulo IV UEFS
DATA: 07/12/2011 Horário: 15h30


Apoio: Embaixada da França / SCAC
Departamento de Letras e Artes - PPPG - POSLDC

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

I° Colóquio Internacional de Formação Inicial e Continuada de Professores de Línguas Estrangeiras: desafios da aprendizagem e do ensino

I° Colóquio Internacional de Formação Inicial e Continuada de Professores de Línguas Estrangeiras: desafios da aprendizagem e do ensino
16 e 17 de março de 2012 - UFRJ - Campus da Praia Vermelha

A Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com o apoio acadêmico e logístico das Faculdades de Letras, em parceria com o Consulado Geral da França e a Universidade de Lyon promovem o "I° Colóquio Internacional de Formação de professores de línguas estrangeiras: desafios da aprendizagem e do ensino".
Submissão de resumos para apresentação de comunicações e pôsteres até 20/12.
http://www.forproli.com.br/cifle/index.htm

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Diálogos filosóficos no Museu Rodin Bahia com Aline Magnien e José Antônio Saja

Aline Magnien e José Antônio Saja
Aline Magnien
José Antônio Saja
Murilo Ribeiro
I.Kirsch, M.Ribeiro, A.Magnien, JA.Saja, HH.Costa
No seu primeiro dia em Salvador, Aline Magnien, Conservadora Geral do Musée Rodin em Paris junto a José Antônio Saja, filósofo e professor na UFBA, apresentaram brilhantemente o conceito do mito na obra de Rodin e animaram um debate com o público presente de mais 50 pessoas.

A noite começou com uma apresentação do violonista Horácio Barros Reis que interpretou obras de Heitor Villa Lobos e de Joaquim Rodrigues, lembrando que a obra de Villa Lobos foi editada primeiro na França.

Aline Magnien lembrou das diversas formas de projetar o mito na obra de Rodin. Rodin começou com uma forma tradicional mostrando figuras de Vênus ou de Diana, deusas da mitologia grego-latina ou através de trabalhos decorativos, num espírito muito clássico.
Na Danaïde, o mito serve para expressar uma tragédia humana. O mito é utilizado de maneira simbolista, dando um valor humano universal.
Nos anos 1890-1095, o mito na obra de Rodin se torna algo que toca as grandes forças da vida e da terra. Se pode perceber isso na obra Psychée Printemps e Mort d’Adonis.
Com a maturidade, o mito se torna um elemento de reflexão sobre o destino humano como se pode ser visto em La Centauresse.
Aline Magnien é formada em letras e Doutora em História das Artes (Université Paris-X-Nanterre). É Conservadora Geral do Patrimônio, Chefe do Inventário Geral de Picardie e, desde 2008, Diretora das Coleções do Musée Rodin em Paris.

José Antônio Saja lembrou do mito como uma tentativa humana de compreender o mundo e se compreender. Todas as civilizações se expressam pelo mito. O homem é um ser mitófono.

01.12, 17h-19h, A gestão museológica do Musée Rodin, Aline Magnien
www.palacetedasartes.ba.gov.br

Conservadora do Musée Rodin em Paris chega a Salvador

Aline Magnien/foto Irène Kirsch
foto Roberto Abreu

O Museu Rodin Bahia recebe Aline Magnien, Vice Diretora e Conservadora Geral do Musée Rodin em Paris, para uma palestra sobre a Gestão museológica no Musée Rodin em Paris e Meudon. Quais são as escolhas museológicas, como se monta uma exposição ? Como se mostram as coleções ? O que está exposto e porquê ? Como se conservam obras históricas ? Quais são as ações culturais do Museu ? Quais são as ambições de uma política educativa em um museu de prestígio como o Musée Rodin ? Estes são alguns dos temas que Aline Magnien tratará na sua fala.
Além da sua palestra, Aline Magnien animará, também, com o Professor José Saja, filósofo e professor na UFBA, um debate sobre o mito na obra de Rodin e seu interesse pela Antiguidade.

Aline Magnien é formada em letras e Doutora em História das Artes (Université Paris-X-Nanterre). É Conservadora Geral do Patrimônio, Chefe do Inventário Geral de Picardie e, desde 2008, Diretora das Coleções do Musée Rodin em Paris.
Aline está no Brasil para visitar o Museu Rodin Bahia, avaliar o estado das obras em comodato e encontrar-se com as autoridades do Estado para conversar sobre as perspectivas da cooperação entre o Musée Rodin e o Estado da Bahia.

Há dois anos, Rodin chegou à Bahia. A exposição Auguste Rodin, homem e gênio, que apresenta 62 gessos do conjunto La Porte de l’enfer (A Porta do inferno), foi inaugurada no âmbito do Ano da França no Brasil em outubro de 2009 e, desde então, atraiu mais de 80 000 visitantes ao Palacete das Artes.
Feitas em gesso, matéria primordial para Rodin, obras como O Beijo e O Pensador – ficam em exposição no Palacete das Artes, em Salvador, por mais um ano. Esta é a primeira vez que o Museu Rodin Paris concorda em ceder por tanto tempo as peças do artista francês para uma exposição, acatando a iniciativa do Governo do Estado através da Secretaria de Cultura. Estas obras originais ajudam a compreender o processo de criação de Rodin, que não hesitava em fazer diferentes composições a partir de figuras idênticas.

Diálogos no Palacete das Artes Museu Rodin Bahia
30.11, 17h-19h, Dialogando com a arte e a filosofia, José Antônio Saja e Aline Magnien
01.12, 17h-19h, A gestão museológica do Musée Rodin em Paris e Meudon, Aline Magnien
www.palacetedasartes.ba.gov.br

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Théâtre du Soleil, o mestre Jean-Jacques Lemêtre faz uma paradinha na Escola de Teatro da UFBA

Jean-Jacques Lemêtre
Deolinda Vilhena e Jean-Jacques Lemêtre
Marc Pujo e Jean-Jacques Lemêtre
D.Vilhena, H.Déda, M.Pujo e JJ.Lemêtre
fotos Irène Kirsch
Jean-Jacques Lemêtre, o mago da música do Théâtre du Soleil e desde 1978 parceiro de Ariane Mnouchkine, experimentou cachaça baiana feita na Chapada, tocou rabeca com Roberto e Corina na loja Pérola Negra no bairro do Canela, onde encontrou preciosidades da música brasileira. Antes de continuar o programa soteropolitano Jean-Jacques fez questão de dar uma passadinha na Escola de Teatro da UFBA, acompanhado pela Professora Deolinda Vilhena. Os deuses do teatro gostaram tanto da visita que permitiram o encontro de Jean-Jacques com o grande ator Harildo Déda.

A vinda de Jean-Jacques Lemêtre a Salvador foi possível graças a uma parceria do Bureau Salvador-SCAC Recife com a CAPES e o FIAC.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Théâtre du Soleil, Jean-Jacques Lemêtre e Marc Pujo andam por Salvador

Jean-Jacques Lemêtre
Jean-Jacques Lemêtre
Dominique Jambert e Vincent Mangado, palestra no FIAC
Felipe de Assis
palestra no FIAC
Jean-Jacques Lemêtre e Deolinda Vilhena
Vincent Mangado
Marc Pujo e Jean-Jacques Lemêtre
Jean-Jacques Lemêtre
Jean-Jacques Lemêtre e Irène Kirsch
Letieres Leite
Jean-Jacques Lemêtre
J.Cantarelli, L.Leite, I.Kirsch, JJ.Lemêtre, Gerson, D.Vilhena
fotos Marc Pujo, Irène Kirsch

Após suas oficinas que juntaram 36 e 57 participantes, Marc Pujo, o mago do corpo do Théâtre du Soleil e Jean-Jacques Lemêtre, o mestre da musica do Théâtre du Soleil, entregaram-se as delícias da culinária baiana no Largo da Mariquita, na barraca Dinha eles foram apresentados ao acarajé e ao abará, isso sem falar nos beijus.
Andaram pelo Pelourinho, subiram o Farol da Barra, foram a igreja do Senhor do Bonfim.

Também Jean-Jacques Lemêtre aproveitou sua estadia para visitar o Museu da Música e a exposição dos instrumentos inventados por Walter Smetak. Ali se reconheceu, Jean-Jacques criou e fabricou mais de 800 instrumentos.

Jean-Jacques ainda trocou figurinhos com Letieres Leite, maestro da Orkestra Rumpilezz. Uma criação coletiva está no ar.

A vinda de Jean-Jacques Lemêtre e Marc Pujo a Salvador foi possível graças a parceria do Bureau Salvador-SCAC Recife, CAPES e FIAC.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

No reino dos festivais : mesa redonda, Festival: qual estratégia para qual objetivo?

E.Costa, V.Aquino, JJ.Lemêtre, S.Farias, R.Liborio, L.Alabarse, B.Faivre d'Arcier
R.Liborio, L.Alabarse, B.Faivre d'Arcier
Eliane Costa
Jean-Jacques Lemêtre
Maria Reijane Reinaldo
Deolinda Vilhena
Isa Trigo
Pedro Freitas e Deolinda Vilhena
Gica Nussbaumer
Yuri Tripodi
Fernando Marinho
Aldo Valentim
R.Reinaldo, V.Aquino, L.Alabarse, I.Kirsch, JJ.Lemêtre, E.Costa,
P.Olivier, D.Vilhena, R.Liborio, B.Faivre d'Arcier, S.Farias
fotos FACOM e Irène Kirsch
A segunda mesa redonda Festival: qual estratégia para qual objetivo?, com moderação de Sérgio Farias (IHAC-UFBA), reuniu Luciano Alabarse (Festival Internacional de Teatro Porto Alegre Em Cena), Ricardo Libório (FIAC), Veronica Aquino (SECULT), Eliane Costa (Petrobras), Jean-Jacques Lemêtre (Théâtre du Soleil) e Bernard Faivre d'Arcier (Festival d’Avignon).

Luciano Alabarse, criador e diretor do Festival Internacional de Teatro Porto Alegre Em Cena, analisou o festival como um festival de cena, com dança e música, mais que apenas um festival de teatro. O festival é um espaço de conflitos, é também uma incerteza. O festival é um evento, mas apoia outros festivais no interior e promove ações formativas.

Ricardo Libório, coordenador geral do Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia, contou como o FIAC nasceu de uma iniciativa privada pessoal num clima de entusiasmo e aventura. Para Ricardo, o festival deve comunicar-se com a cidade e a comunidade.

Veronica Aquino, da SECULT, apresentou o programa de apoio a projetos calendarizados, por meio de convênios com duração de 2 a 3 anos, para assegurar uma parte dos recursos dos eventos beneficiados e sair do eterno recomeço a cada ano.

Eliane Costa, Gerente de Patrocínios da Petrobras, informou que a empresa patrocina 17 festivais de artes cênicas no Brasil. Além disso, a Petrobras apoia o funcionamento de 60 grupos de dança, teatro ou circo, sempre com a preocupação de respeitar a diversidade regional e etnica das propostas.

Jean-Jacques Lemêtre, músico e compositor das trilhas sonoras dos espetáculos do Théâtre du Soleil, explicou que a turnê veio tarde na trajetória da trupe e que sempre nasce do desejo do anfitrião. Por isso a turnê se constrói nas relações pessoais. No modo de criação dos espetáculos, é muito difícil antecipar o momento da turnê. Em média, cada criação é apresentada entre 500 e 700 vezes. O festival dá à companhia tempo para viajar, ministrar oficinas, encontrar pessoas, descobrir outros universos e trocar experiências.

Bernard Faivre d'Arcier focou sua fala sobre a maneira de conciliar a ação durável e o evento pontual. É preciso achar um complemento entre as instituições culturais permanentes e os festivais. Tem que haver uma colaboração entre eles. O festival é um momento forte, visível e mediático. Mas precisa ter um objetivo artístico. O festival precisa ser uma forma de escola para o público, criar uma dialética entre os artistas e o público. O festival precisa mostrar os clássicos e as formas emergentes, o festival é um lugar de confrontação e de encontro. Uma estratégia definida a longo prazo traz um tempo de vida e independência.

Agradecemos a todos os que participaram deste I° Colóquio internacional No reino dos festivais: o público interessado e pertinente de mais de 140 pessoas nos dois dias, a UFBA, a Escola de Teatro, a FACOM, o IHAC e seus estudantes, o Bureau Salvador-SCAC Recife, a SECULT, o FIAC, Restaurante Deli&Cia, Restaurante Pereira, Pousada des Arts, Madda, Tag Arts, Agência Péck.

Até o próximo.
http://noreinodosfestivais.blogspot.com/